Querem que eu voe menos
do que posso deveras voar
Querem que eu veja menos
que minha longa visão alcança
Tentam e atentam, a todo custo
calar minha voz, que no vento viaja
Mas esquecem que por minha vontade
a semente plantada, dorme sob a terra
E mesmo que minhas asas caiam
minha vista se perca e cegue
e meu canto na garganta sufoque;
a semente no seio da terra
ao afago da primeira chuva
sempre há de germinar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário