Quem dera a minha felicidade
não fosse a você tão estranha;
Quem dera sua visão da vida
ultrapassasse o hedonismo
e alcançasse um plano além
da diversão vazia e simples;
Tivesse eu mil anos para dar
os daria de bom grado
para convencer-te de uma vez
que a minha alegria inteira
não habita neste mundo;
Ela existe no riso cristalino
que me acorda ou embala o sono
Existe em curtos cabelos de prata
e nas mãos velhas e delicadas
que confortam e me seca as lágrimas;
Existe ainda na beleza do cotidiano
Na sinceridade do auto-conhecimento
Na sensibilidade da fé no universo
Na capacidade de se doar ao outro;
Até nas crises de tristeza
mais até naquelas de raiva
no hábito mal compreendido
de dizer o que sinto ou penso;
Pois o meu mundo está ao redor
plácido ele habita dentro de mim
e se basta na sua simplicidade.
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