
No dia da poesia, meus colegas de trabalho resolveram enviar poemas dos seus autores preferidos pelo nosso "messenger" institucional. Eu escolhi esse de Quintana, porque é assim que me sinto cada vez que publico meus versos de cara torta e pé quebrado:
Se eu fosse um padre
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
... a um belo poema - ainda que de Deus se aparte -
um belo poema sempre leva a Deus!
Um comentário:
Beleza de metalinguagem... a poesia sempre catarse... sempre escada para o céu e para a alma... humana, pedagógica, eterna.
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