quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Uma viagem ao reino dos anjos

Viajar para o céu tinha suas inconveniências. A distância, os meteoros e meteoritos, a falta de placas de sinalização e os anjos estagiários, sem carteira de motorista, eram sem dúvida os maiores incômodos. Morpheu não gostava muito de sair dos seus domínios. Ele era um rei recluso, taciturno. Alguns diriam que era mau-humor por tantos milênios sem dormir. O rei dos sonhos chegou às portas do reino dos anjos, sacudiu a poeira estelar da capa e esperou que viessem abrir a porta. Veio um anjo muito solene, vestido em túnica azul celeste, com as asas brancas dobradas atrás das costas. Não usava auréola. "Auréola só serve para impressionar os crédulos humanos, mas é muito desconfortável". Morpheu se identificou muito a contragosto. Como todos os reis, esperava ser reconhecido e por isso ficou muito aborrecido quando o anjo porteiro pediu para ver a sua carteira de identidade. Depois de toda a burocracia para entrar no palácio do céu, finalmente ele foi levado à presença do rei dos anjos, que não tinha nome nem nada, simplesmente era conhecido como O Arcanjo...

O começo da noite sem sono:

>>O menino que não gostava de dormir

>>Uma audiência com Morpheu

>>Diálogo do sono e do menino insone

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